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Academia da Governança Agro

Importância da relação entre Resultado e Balanço

Informativos financeiros pró-forma: o passado “passado” a limpo

  Uma das grandes vantagens da produção de um Balanço Patrimonial é poder examinar alguns indicadores de equilíbrio entre o que se está gerando de resultados e a posição de bens e de endividamento, mesmo que esse Balanço seja montado “em casa”, ou seja, mesmo que seja “pró-forma” para fins gerenciais.


  Vamos manter em mente que os Resultados devem ser capazes de servir a dívida, pagando pelas despesas financeiras e as prestações das dívidas de longo prazo.


  Não é sustentável a tomada de novas dívidas para pagar despesas financeiras, nem para saldar dívidas passadas. Portanto, precisamos medir as relações entre:


  • Resultados e endividamento;
  • Resultados e despesas financeiras;
  • Resultados e serviço da dívida.

  Por outro lado, no mundo do agronegócio, precisamos constantemente investir em melhorias, reposição de máquinas e equipamentos, e em crescimento. Apenas com recursos próprios seria difícil mantermos o nível de investimento necessário. Então, um pouco de endividamento nos ajuda a alavancar o passo de investimentos e manter competitividade.


  Portanto, precisamos calibrar a alavancagem financeira, e a melhor forma de calibrarmos a alavancagem é através das relações entre resultados e endividamento.


  De um lado, se alavancarmos pouco, investimos pouco e arriscamos perder competitividade com o passar do tempo. Se alavancarmos muito, também perdemos capacidade de manter investimentos e ainda arriscamos perder a empresa por stress financeiro.



Explicação Divida/EBITDA


  Calibramos o nível de dívida de forma a que possamos manter um bom nível e ritmo de investimentos em tecnologia e crescimento, mas assegurando que:


  • As despesas financeiras não venham a consumir muito dos resultados;
  • As amortizações de dívidas de longo prazo (de investimentos, ou de compra de fazenda, por exemplo) também não consumam muito do resultado;
  • Haja sobras para bancar a porção de recursos próprios nos investimentos, que vão proporcionar melhorias e crescimento do negócio.

  Resumindo, precisamos monitorar se os resultados estão dando conta, com folga, do endividamento para que possamos manter a estabilidade financeira e a capacidade de investimento da empresa.


  Essas relações estão representadas através de dois indicadores:


  • A Alavancagem Financeira Operacional, na qual o endividamento não pode ser muito superior a alguns anos de geração de EBITDA;
  • A Capacidade de Pagamento do Serviço da Dívida, na qual o EBITDA deve ser capaz de cobrir, com folga, o total de despesas financeiras e de pagamento de parcelas de financiamentos de longo prazo.


Explicação fórmula alavancagem


3.1 Painel de Indicadores chave e seus níveis adequados


  Vale a pena construir um painel reunindo os principais indicadores de eficiência e de risco do negócio, para que possamos monitorá-los e manter a saúde da empresa.


  Esse painel tem o mesmo papel que o de um carro, que examinamos mesmo antes de iniciarmos uma viagem para verificarmos nível do combustível, proximidade da troca de óleo, depois acompanhamos velocidade e temperatura.


  Da mesma forma que buscamos reabastecer o carro numa viagem, quando o tanque de combustível indica que estamos nos aproximando de ¼, ou 25% do total, também com indicadores de risco buscamos manter uma folga de 25% do limite.


  Poupamos o carro evitando acelerações muito bruscas, rotação muito alta, e essa mesma abordagem vale para a empresa. Poupamos a empresa evitando, por exemplo, crescimento muito forte, alavancagem alta, giro alto.


  Mas como manter o negócio em trajetória sustentável sem um bom painel de indicadores? Basicamente, deveríamos monitorar os seguintes indicadores:



Tabela explicativa indicadores financeiros

Gráficos de velocímetro limites dos indicadores


  Ficou na dúvida de como está a situação financeira da sua empresa e como estão os indicadores de equilíbrio? Então faça este teste rápido e comece a verificar se o seu negócio está saudável:



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3.2 E o que eu faço com isso? Diagnóstico e ações remediadoras


  Uma vez que o painel de indicadores tenha sido montado e possamos monitorá-los, caso entrem em zonas de risco, precisamos tomar medidas remediadoras e corrigir sua situação.



Tabela contendo indicadores financeiros


3.3 Capacidade de Investimento em melhorias e crescimento


  Uma vez que os indicadores financeiros estejam em ordem, precisamos considerar investimentos em melhoria e em crescimento de faturamento. Caso contrário, melhor corrigir a situação e adiar investimentos.

  Há diversas formas de gerar crescimento de faturamento:

  • Intensificação de produção;
  • Introdução de atividades de maior valor;
  • Aumento de área por arrendamento;
  • Aumento de área por compra de novas terras.

  Se os indicadores financeiros não estiverem em bons níveis, podemos investir a sobra de caixa, completando com dívida de longo prazo.


  Uma forma prática de calibrar o montante que pode ser investido, uma vez que tenhamos acesso a linhas de crédito de longo prazo (acima de 5 anos), é subtrair do EBITDA apurado no ano as despesas financeiras desse ano, subtrair também as amortizações de dívidas de longo prazo que devem ser pagas no ano e as retiradas de dividendos feitas pelos sócios. O resultado pode ser multiplicado por 4, e o resultado final será o montante que pode ser investido, de forma a manter o nível de risco dentro do aceitável.


  Essa abordagem assume que, desse montante que poderia ser investido no ano, 25% venha de contribuição de recursos próprios a partir do EBITDA, e 75% venha de empréstimo de prazo médio acima de 4 anos.



Fórmula cálculo Investimento máximo ano


  Quer ver como funciona na prática? Neste aplicativo você realiza um cálculo rápido da capacidade de investimentos, a partir da situação financeira atual.



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  Assim, finalizamos a 2ª Estação da nossa Trilha da Governança. Como você está se saindo até aqui? Se ainda não fez os testes ou mesmo utilizou os simuladores das planilhas, recomendamos que os faça antes de seguir adiante.


  Na próxima estação vamos aprofundar um pouco mais nestas análises e veremos:


  • Projeção de Resultados e de Balanço;
  • Plano trienal de investimentos;
  • Endividamento por Propósito: estrutura de produtos de dívida;
  • Retenção de resultados;
  • Limites de retirada de recursos pela família;
  • Segregação de imobilizado para facilitar mobilidade societária (Holding Patrimonial).


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Introdução Trilha da Governança



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